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Biblioteca TJERJ/EMERJ de Niterói inaugura exposição com obras da coleção do desembargador Jorge Loretti
Notícia publicada por DECOI - TJRJ em 29/08/2024 17:14

Biblioteca TJERJ/EMERJ de Niterói inaugura exposição com obras da coleção do desembargador Jorge Loretti

 

“Quem conheceu o desembargador Loretti sabe o valor dessa biblioteca. Ele era um homem extremamente culto.” Com essas palavras, o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, iniciou a cerimônia de abertura da exposição “100 anos Loretti: o homem dos três poderes”. O evento foi nesta quarta-feira (29/08), na Biblioteca Regional de Niterói TJERJ/EMERJ, que recebeu o nome do homenageado. A mostra marca a entrega da doação das obras do acervo do magistrado. 

O presidente do Tribunal agradeceu os familiares do desembargador pela doação e ressaltou: “Eu fui um daqueles que teve o privilégio de compartilhar da sabedoria do desembargador Loretti. Em 1988, eu ingressei na magistratura e, alguns anos depois, ele assumiu a Presidência do Tribunal. Tive o prazer de conviver com ele, principalmente, pela amizade que unia as nossas famílias.” 

“Agradeço a possibilidade de disponibilizarmos essas obras para toda a comunidade. Ganha muito o Tribunal e ganha a Escola da Magistratura”, complementou o desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, diretor-geral da Emerj.

Entre familiares e amigos do desembargador Jorge Loretti presentes à cerimônia estavam a viúva Clea Tavares Loretti; os filhos Claudia Loretti Henrici, César Tavares Loretti e Clarice Loretti Victor; e os netos Fernanda Loretti Victor, Rachel Victor Mello, Pablo Kolbakch Loretti, Isadora Ribeiro Loretti e Ricardo Loretti Henrici.

 

Familiares e amigos do desembargador Jorge Loretti


“Meu avô era um homem simples, um homem que amava os livros. Dizia que deveríamos valorizar o conhecimento da humanidade. E eu só posso agradecer falando de renovação da vida, porque esse ambiente, essa exposição, esses livros, que vossas excelências tiveram a oportunidade de nos honrar, trazem vida eterna para o meu avô”, disse o neto do desembargador Loretti, o advogado Ricardo Loretti Henrici.

 

O acervo

A coleção bibliográfica reúne mais de cinco mil livros, como explica a diretora da Biblioteca Elaine Costa Soares Silva: “A coleção é multidisciplinar, tem da história da medicina até a obra prima da literatura oriental “As mil e uma noites”, passando por obras raras. Nossa ideia é fomentar essa cultura para que estudantes desde o ensino médio até o mestrado possa ser contemplado com essa coleção”.

Entre as obras de destaque estão “História secreta do Brasil”, de Gustavo Barroso, e “A vida dramática de Euclides da Cunha - memorial do assassinato de Euclides da Cunha”, escrito pelo próprio assassino Dilermando de Assis para complementar sua defesa perante o júri.

Participaram da cerimônia de inauguração da exposição os desembargadores Claudio Luis Braga Dell´Orto, vice-presidente do Conselho Consultivo da EMERJ; Ana Maria Pereira de Oliveira; Gilberto Clóvis Matos; Luís Roldão de Freitas Gomes Filho; e Manoel Alberto Rebelo dos Santos, presidente do TJRJ (2011-2012). Também estiveram presentes o juiz Alberto Republicano de Macedo Júnior, auxiliar da presidência do TJRJ; a juíza Rita Vergette, diretora adjunta da Amaerj, representando a juíza Eunice Bittencourt Haddad, presidente da Amaerj; e o primeiro tesoureiro da Academia Fluminense de Letras (AFL) Erthal Rocha, representando Marcia Maria de Jesus Pessanha, presidente da AFL. 

 

O homenageado

O desembargador Jorge Fernando Loretti nasceu no dia 25 de agosto de 1924. Falecido em 13 de maio de 2016, completaria 100 anos no último domingo. Graduado em Direito pela faculdade de Direito de Niterói em 1947, Jorge Loretti foi integrante do Conselho Geral da Ordem dos Advogados do Brasil e do Instituto dos Advogados Brasileiros. Foi promovido no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça em 1979, presidindo a 5ª Vara Cível e o 4º Grupo de Câmaras Cíveis. Como desembargador atuou por 17 anos, assumiu a presidência do Tribunal no biênio de 1991-1992, onde implantou em diversos municípios o “Juizado de Pequenas Causas”, transformado posteriormente em Juizados Especiais e Adjuntos Cíveis e Criminal. Também foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral, de 1989 a 1991.

Antes do ingresso na carreira da magistratura, foi secretário de Interior e Justiça, chefe de Gabinete Civil, secretário-geral da comissão de Planejamento e presidente do Conselho Estadual de Trânsito. Além disso, se dedicou ao magistério, sendo professor titular do Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito, membro do Conselho Universitário de Ensino e Pesquisa e, também, diretor do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Federal Fluminense. Também foi membro da Academia Fluminense de Letras e da Academia Niteroiense de Letras. 

 

Cerimônia de inauguração da exposição  coleção bibliográfica  

 

Fotos: Rosane Naylor

Departamento de Comunicação Interna