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Magistradas e personalidades são homenageadas no Prêmio Emerj Mulheres do Ano
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 30/08/2024 16:21

A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) realizou a cerimônia "Prêmio Emerj Mulheres do Ano", com a entrega do Troféu Romy a seis vencedoras nesta sexta-feira (30/8). A celebração ocorreu no Salão Histórico do I Tribunal do Júri, no Museu da Justiça, no Centro do Rio, e também foi transmitida ao vivo pelo Youtube, com tradução em Libras.

A cerimônia foi presidida pelo diretor-geral da Emerj, desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, e teve como madrinhas as magistradas Myriam Medeiros da Fonseca Costa, filha da jurista Romy Martins Medeiros da Fonseca; e a desembargadora Cristina Tereza Gaulia, presidente do Fórum Permanente de Diálogos da Lei com o Inconsciente e do Fórum Permanente de Estudos Constitucionais, Administrativos e de Políticas Públicas Professor Miguel Lanzellotti Baldez.   

As seis mulheres homenageadas na edição de 2024 foram a tabeliã de notas do Estado de São Paulo Carla Watanabe; a juíza Eunice Bitencourt Haddad, presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj); a atriz Fernanda Montenegro; a historiadora Lilia Moritz Schwarcz; a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa e a desembargadora Renata Machado Cotta.

                                            Escola da Magistratura do Rio homenageou as mulheres que se destacaram na magistratura, política e arte 
 

Tabeliã Carla Watanabe

A doutoranda e mestre em Direito Constitucional pelo Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) Carla Watanabe se destacou na luta pelos direitos de pessoas transexuais e foi a primeira tabeliã de notas trans no país. “Estar aqui é algo muito forte e de muita responsabilidade para mim porque carrego aqueles que, assim como eu, sofreram discriminação. Esse prêmio é um reconhecimento da nossa luta”, pontuou.


Juíza Eunice Bitencourt Haddad

A juíza Eunice Bitencourt Haddad, que está em seu segundo biênio como presidente da Amaerj, já fez parte do Conselho Deliberativo e Fiscal em 2020 e 2021, e foi juíza auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Rio em 2020. “Devemos ser inspiração para quem estiver ao nosso redor, construindo uma corrente do bem e de igualdade para vivermos em um mundo melhor”, afirmou.

A presidente da Amaerj Eunice Bitencourt Haddad recebeu o prêmio das mães da desembargadora aposentada Myriam Medeiros da Fonseca Costa 


Atriz Fernanda Montenegro

A atriz Fernanda Montenegro atuou no teatro, cinema e televisão e foi reconhecida internacionalmente com uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz, em 1999, pelo filme “Central do Brasil”. Ela acompanhou a cerimônia virtualmente, mas mandou “uma das pessoas que mais ama na vida” para representá-la, sua afilhada Letícia Aparecida da Silva Ferreira, que agradeceu a todos em nome da madrinha.

A desembargadora Ana Maria Pereira de Oliveira entregou o prêmio a Letícia Ferreira, que representou sua madrinha Fernanda Montenegro

Historiadora Lilia Moritz Schwarcz

A historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz foi reconhecida pela sua contribuição cultural e histórica ao país ao publicar os livros "As Barbas do Imperador: D. Pedro II, um Monarca nos Trópicos" e "O Espetáculo das Raças: Cientistas, Instituições e Questão Racial no Brasil, 1870-1930". Ela não pôde ir, mas gravou um vídeo que foi transmitido aos presentes, agradecendo a homenagem.

Ministra do STJ Regina Helena Costa

A ministra do Superior Tribunal de Justiça Regina Helena Costa se destacou na área de Direito Tributário e lançou diversos livros sobre o tema ao longo de sua carreira. “Esse momento é muito especial na minha vida e acredito que um dos grandes lances da vida é deixar trilhas para os que vão vir depois, como Romy fez na sua época”, dissertou.

                                 A ministra do STJ Regina Helena Costa recebeu o prêmio do também ministro do STJ Marco Aurélio Bellizze


Desembargadora Renata Machado Cotta

A desembargadora Renata Machado Cotta foi homenageada por idealizar um lugar público que pudesse cuidar de moradores de rua de forma mais eficiente. Em parceria com o TJRJ, ela inaugurou o Centro de Atendimento Integrado às Pessoas em Situação de Rua (CIPOP). “Esse prêmio traz uma sensação de dever cumprido e agradeço a Deus por isso. Eu guio meu trabalho no cuidado com o próximo e convido todos a fazerem o mesmo”, disse.

                       O desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo entregou o Troféu Romy à desembargadora Renata Machado Cotta

A cerimônia, que homenageia a advogada Romy Medeiros que lutou pelos direitos das mulheres na década de 1960, foi concluída com a música “Maria”, de Milton Nascimento, sendo entoada na voz e no piano pela secretária-geral da Emerj Gabriela Rafael.

KB/MB

Foto: Brunno Dantas/TJRJ