TJRJ e Senac promovem evento “Mãos Empenhadas Contra a Violência”
A juíza Camila Guerin, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, apresenta palestra no evento "Mãos Empenhadas contra a Violência"
Com o objetivo de formar uma rede de profissionais de beleza voltada para a conscientização e apoio às vítimas de violência doméstica, assim como fortalecer o enfrentamento à violência de gênero, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e o Senac promoveram, na sexta-feira (30/8), o evento "Mãos Empenhadas Contra a Violência".
Realizado na Cápsula - Centro de Inovação Senac, no Centro do Rio, o evento reuniu profissionais do Direito, especialistas e pesquisadores para debaterem e apresentaram um panorama sobre violência doméstica, perspectiva de gênero e crimes cibernéticos. Também foi apresentado um balanço sobre o aplicativo "Maria da Penha Virtual".
A pesquisadora do TJRJ, Lívia Paiva, iniciou sua apresentação por videoconferência sobre o tema “Violência Doméstica”, abordando a Lei Maria da Penha. Em seguida, a advogada criminal Maíra Fernandes discorreu sobre “Crimes Cibernéticos” e sobre a necessidade de buscar novas formas de combater a práticas desse crime.
Abordando o tema “Atuação do Ministério Público com Perspectiva de Gênero”, a promotora de Justiça Eyleen Marenco enfatizou sobre a importância da mulher parar de reproduzir estereótipos de gênero.
Encerrando o ciclo de palestra, o CEO da Direito Ágil, Rafael Wanderley, apresentou breve histórico da criação do aplicativo “Maria da Penha Virtual: A Tecnologia a Serviço da Proteção das Mulheres”.
A promotora de Justiça Eyleen Marenco e o CEO da Direito Ágil Rafael Wanderley
Ao final do evento, a juíza Camila Guerin, que integra a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, falou sobre como surgiu o projeto Mãos Empenhadas. “Mãos Empenhadas surgiu com a ideia de capacitar instrutores do curso do Senac para os profissionais de beleza com a finalidade de que esses instrutores, quando fossem dar aulas nas suas turmas para os profissionais de beleza, conseguissem reproduzir esse conteúdo. Então, as juízas, defensoras e promotoras articuladas pelo Tribunal de Justiça e pela Coordenadoria da Mulher conseguem capacitar esses instrutores para que eles possam reproduzir nas salas de aula.”
Para a magistrada essa parceria com o Senac tem um efeito multiplicador no combate à violência contra a mulher. “Quando a gente capacita os instrutores e estes conseguem reproduzir esse conteúdo para os alunos, que serão profissionais de beleza, manicure, massagistas, cabeleireiros, essa ponte entre eles e a mulher, que é quem se quer atingir no final, é relevantíssima. Não só pela multiplicação do conteúdo, quanto pela ajuda pontual que um profissional de beleza pode dar a uma mulher nesse contexto.”
JM/MB
Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ