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Ex-ministro da Igualdade Racial visita exposição sobre legado de Joel Rufino 
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 03/12/2025 10h38

                                                      Desembargador Wagner Cinelli e o ex-ministro da Igualdade Racial Elói Ferreira de Araújo

 

“Joel Rufino sempre presente!”, foi o que o ex-ministro da Igualdade Racial Elói Ferreira de Araújo afirmou após visitar nesta terça-feira, 2 de dezembro, a exposição “Entre Histórias e Utopias: o legado de Joel Rufino”.  

A mostra do Museu da Justiça, promovida em parceria com os Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (Cogens de 1º e 2º Grau) e o Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social (Napjus), conta a história de um dos principais intelectuais de sua época e uma das referências do país em cultura afro-brasileira, Joel Rufino. 

Acompanhado pelo presidente do Cogen 1º Grau, desembargador Wagner Cinelli, o ex-ministro, que também foi presidente da Fundação Cultural Palmares de 2011 a 2013, mesmo cargo que Rufino ocupou na década de 1990, deu destaque à importância do historiador para a luta antirracista no Brasil e sua trabalho para promover a cultura e memória nacional. “Quando ele presidiu a Fundação Cultural Palmares, foi um momento muito especial. Essa questão da cultura e da memória são temas muito difíceis de serem tratados no Brasil. A parte de toda a história, de toda a desigualdade que o Brasil experimenta, a desigualdade, as assimetrias, sobretudo as questões raciais, elas sempre tiveram dificuldade de serem tratadas no Brasil”. 

Após a visita, o ex-ministro ressaltou a profundidade da exposição, elogiando como ela apresenta os momentos difíceis da vida do homenageado, como o período que foi preso e torturado durante a Ditadura Militar. “Fiquei impressionado com o acervo e com a forma como a visita é conduzida. Ela é apresentada sem medo de abordar a memória, sem medo de tratar da tortura que ele sofreu, do racismo que enfrentou e da luta que travou pela defesa da democracia e da verdadeira história do Brasil”. 

                                O historiador Giuliano de Miranda; o desembargador Wagner Cinelli e o ex-ministro da Igualdade Racial Elói Ferreira

A exposição 

Distribuída em diversas salas do museu, a mostra reúne textos, imagens, objetos pessoais e registros de arquivo de Joel Rufino, retratando diversas fases de sua trajetória, desde sua infância, a militância de sua juventude, seu exílio para a Bolívia na época da ditadura e seu trabalho após o retorno para o Brasil. 

A exposição, que está aberta à visitação de segunda a sexta, das 11h às 17h, também apresenta em detalhes alguns dos trabalhos desenvolvidos por Joel Rufino quando atuou como diretor-geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), como o baile charme “A Justiça é o Charme”, realizado em 2015 e considerado o primeiro de seu tipo, idealizado por ele. Além disso, revisita o “desenforcamento” de Tiradentes, julgamento simbólico que também foi concebido pelo historiador. 

Natasha Mandela Marchelli, desembargador Wagner Cinelli, Alessandra Man-Fu Lima, Isis Saint'Clair,  Tatiana Lima Brandão, Abab Nino Souza, Inara Flora Cipriano, o historiador Giuliano de Miranda, a assistente técnica Tayná Louise de Maria, a diretora do Museu da Justiça, Sileia Macieira,  e o ex-ministro da Igualdade Racial Elói Ferreira

VM/SF

Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ