Justiça Itinerante do Registro completa dez anos com festa e homenagens
As juízas Claudia Motta e Lysia Mesquita posam com a desembargadora Cristina Tereza Gaulia e juíza Andrea Barroso na comemoração
O projeto Justiça Itinerante do Registro, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, completou dez anos, com bolo, música, festa e homenagens. As comemorações aconteceram no Posto do Sub-Registro, no estacionamento do Juizado da Infância, Juventude e do Idoso da Capital, na Praça Onze, na manhã desta sexta-feira (13/09), e tiveram como convidados especiais as pessoas que estavam em busca de cidadania, através da Justiça gratuita.
A coordenadora do Programa Justiça Itinerante, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, destacou a importância dos serviços prestados pelo Tribunal de Justiça do Rio através do projeto. Por meio da iniciativa, o Judiciário fluminense vai até as pessoas, levando dignidade e olhando para o presente e o futuro de quem mais precisa de Justiça.
Sub-registro com os dias contados
“Percebemos que teríamos de ir além do Sub-registro, diante das necessidades das pessoas de regularização das certidões. Passamos, automaticamente, a fazer uma Justiça Itinerante especializada e com competência no estado inteiro. Recebemos pessoas com problemas de registro, com os mais variados erros, de Angra dos Reis a Varre e Sai. Mas, com o trabalho profícuo e muito eficiente dos juízes, o sub-registro está praticamente zerado no Rio de Janeiro”, anunciou a desembargadora.
A juíza Claudia Motta, que participa do projeto desde o início, foi uma das homenageadas.
“Se eu sou a maestrina, a juíza Claudia Motta é o primeiro violino dessa orquestra”, disse a desembargadora Cristina Tereza Gaulia, ao entregar flores para a juíza e saudar todos os funcionários que ajudam no JI Registro. Ela agradeceu o engajamento do Ministério Público e da Defensoria Pública, da juíza Lysia Mesquita e dos demais parceiros fundamentais para o sucesso do projeto.
Sem esconder a emoção, a juíza Claudia Motta recebeu homenagem especial.
“Eu estou muito feliz com essa homenagem. Esse é um dos trabalhos mais importantes da minha carreira como magistrada e que me faz ser feliz ao ver a felicidade das pessoas que ganham suas vidas de novo pelas nossas mãos”, afirmou.
Magistrada que também colabora efetivamente com o projeto do Tribunal de Justiça, a juíza Lysia Mesquita falou sobre o sentimento que desenvolve ao participar do Justiça Itinerante:
“É um dos trabalhos mais prazerosos porque o resultado é imediato. Conseguimos trazer solução para pessoas que carregam certidões e documentos com erros e elas praticamente renascem aqui. Por isso, é uma emoção muito grande” disse a juíza.
Trabalho integrado
Em busca de uma nova Certidão de Nascimento, a freira, da Ordem Irmãs Vocacionistas, Carmélia Conceição Pessoa encontrou no projeto Justiça Itinerante Registro a solução para o seu problema. Nascida em Salvador (BA), a religiosa vai conseguir seu novo documento. A sonhada certidão da freira vai poder ser tirada no Posto da Praça Onze graças ao trabalho desenvolvido em parceria com o Serviço de Promoção à Erradicação do Sub-registro e à Busca de Certidões da Corregeria-Geral da Justiça do TJRJ.
Natural da Bahia, a freira Carmélia Conceição Pessoa foi ao Posto do Sub-registro, na Praça Onze, em busca de uma nova Certidão de Nascimento
“Nosso trabalho, que pode parecer invisível, dá alma à vida das pessoas. Nós buscamos dar identidade a pessoas de todo o país para que elas voltem a ser cidadãs e fazemos isso com muita paixão”, ressaltou Ana Paula Pacheco, do Sepec, também homenageada pela coordenadora do JI.
A comemoração pelos dez anos do Justiça Itinerante Registro contou, ainda, com a apresentação da “UPPBAND”, da Polícia Militar, formada pelos sargentos W. Rodrigues, Daniel, Lemuel, pelo cabo Rafael e a soldado Aline, vocalista do grupo.
PF/FS
Fotos: Brunno Dantas/TJRJ