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Sete testemunhas são ouvidas no segundo dia da audiência do caso do advogado morto no Centro do Rio
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 10/09/2024 20:28
Oitiva será retomada nesta quarta-feira, a partir das 13h

 

 

 

 

 

Audiência de instrução e julgamento entra, nesta quarta-feira (11/9) em seu terceiro dia e tem a presença dos três réus

 

O 3º Tribunal do Júri do Rio retomou, nesta terça-feira (10/9), a audiência de instrução e julgamento do processo sobre a morte do advogado Rodrigo Crespo, ocorrida em fevereiro deste ano, no Centro do Rio. No segundo dia de sessão, foram ouvidas seis testemunhas de acusação e uma de defesa.  Acusados do crime, o policial militar Leandro Machado, Eduardo Sobreira Moraes e Cezar Daniel Mondêgo de Souza, que estão presos, acompanharam a audiência no plenário do júri.
 
Os depoimentos começaram às 14h, com a testemunha Marcelo Flavio de Paula Silva, sócio-gerente da locadora de automóveis em que foi alugado o Gol branco usado no crime. Segundo ele, o veículo foi alugado por João Bosco de Oliveira, mas quem fazia contato com a empresa referente a este e outros três carros alugados era o policial Leandro Machado, um dos réus do processo. Marcelo afirmou que não se lembrava do que havia declarado em sede policial. 
 
A testemunha disse que, na época da locação, tinham dito a ele que os veículos seriam usados para uma empresa de segurança que seria aberta. Marcelo também afirmou que já alugou carros para Vinícius Drummond e que anotações feitas em cadastros encontrados na locadora com termos como “zoológico” e “pessoal de Caxias” teriam sido feitas por funcionários que, posteriormente, foram demitidos da empresa. Disse ainda que esta foi a primeira vez que teve um veículo da empresa envolvido em um crime e que, normalmente, as ocorrências são de “batidinhas de carro”. Informou também que, na época do crime, a locadora tinha cinco funcionários e um acervo de cerca de 400 carros para locação.
 
Em seguida, o depoimento foi de Flávio Alves de Lima, também sócio do estabelecimento. Ele contou que a frota era formada por carros dele e os de Marcelo, que era responsável pela parte comercial do negócio.  Afirmou que não conhecia nenhum dos réus e que só soube depois do crime que o carro, que pertenceria a Marcelo, havia sido alugado por João Bosco. Disse ainda desconhecer os termos utilizados nas fichas de entrega dos veículos.
 
O ex-funcionário Fábio Marques Santiago, que fazia a manutenção dos veículos e o preenchimento do “checklist” para entrega dos automóveis, disse que os termos utilizados nas fichas eram passados pelos motoristas que retiravam os carros.  Revelou que conhecia Cezar Mondêgo, pois moravam no mesmo bairro. E que já havia visto o acusado Eduardo Sobreira na locadora com Mondêgo.
      
“Laranja” disse ter recebido R$ 500 para retirar carro
 
Identificado como a pessoa a quem foi alugado o Gol branco usado no crime, o aposentado João Bosco de Oliveira revelou que jogava entulho na beira da Estrada do Catonho, em Jardim Sulacap, quando foi abordado por uma pessoa que lhe ofereceu R$ 500 para assinar um documento e retirar um carro numa locadora.
 
“Só entreguei a CNH e assinei o contrato.  Fiz apenas uma vez.  Depois que saímos da locadora, cada um seguiu para o seu lado”, contou, ao afirmar que não conhecia nenhum dos acusados.
 
Encerrando os depoimentos das testemunhas de acusação, foram ouvidos Yago Silvestre da Silva Pereira, que trabalha em uma loja de telefones celulares na Uruguaiana, no Centro do Rio, e Ana Patrícia da Rocha Estolano, ex-mulher de Eduardo Sobreira. Yago contou que apagou todos os dados de um aparelho a pedido de Cezar Mondêgo.   Já Ana, que falou na condição de informante, disse que a polícia lhe pediu seu telefone para verificar algumas conversas mantidas com o ex-marido.
 
Única testemunha defesa ouvida durante o segundo dia de audiência, Antonio José da Silva Malhano, afirmou conhecer o policial Leandro Machado.  E que no dia do crime, entre 19h30 e 21h30, o acusado estaria numa reunião maçônica em Duque de Caxias.
 
A audiência prossegue nesta quarta-feira (11/9), a partir das 13h, com a inquirição de mais seis testemunhas de defesa. Na segunda-feira (9/9), foram ouvidas nove testemunhas, sendo duas por videoconferência, além de uma informante. No total, são previstos os depoimentos de 23 testemunhas - acusação e defesa - e o interrogatório dos três réus.
 
Processo nº 0057493-87.2024.8.19.0001

Fotos Brunno Dantas e Felipe Cavalcanti/TJRJ

AB/SF/MB/FS