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TJRJ começa atendimento na Casa da Família na Leopoldina
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 11/12/2017 21:18

Começou a funcionar nesta segunda-feira, dia 11, a Casa da Família, no espaço montado no Centro Judiciários de Soluções de Conflitos (Cejusc) do Fórum da Leopoldina, Zona Norte do Rio. A iniciativa inédita foi lançada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). 

Com o objetivo de buscar a resolução de conflitos familiares sem a necessidade de processo judicial, por meio da mediação, o projeto procura solucionar impasses sem provocar danos para pais, filhos, parentes e envolvidos. De acordo com o presidente do Nupemec, o desembargador Cesar Cury, a intenção é adaptar-se aos conflitos vividos pela sociedade atualmente. No mês passado foram inauguradas as Casas da Família de Bangu e Santa Cruz.

“É um sentimento de etapa cumprida. Nosso projeto envolve a prestação de serviço de maior qualidade à população e ao mesmo tempo o compartilhamento de responsabilidades. A Casa da Família representa o espaço compartilhado em que a sociedade civil organizada, as pessoas, encontram no Judiciário um ambiente em que elas são auxiliadas a encontrar caminhos e soluções para os seus conflitos”, afirmou o magistrado.

Na inauguração da Casa da Família da Leopoldina, o desembargador destacou, durante palestra para servidores, funcionários e convidados, que a experiência tem sido bem-sucedida. O magistrado afirmou que o trabalho tem como objetivo abrir uma esfera para o diálogo entre as partes e evitar o confronto.

“O Judiciário resolve conflitos das pessoas e não dele próprio. Nos acostumamos durante muito tempo a uma relação verticalizada com o Poder Público. Olhávamos de baixo para cima e consequentemente esperávamos que se resolvessem as questões mais elementares das relações familiares. Por outro lado, o Poder Público se acostumou com essa rotina, quando na verdade o juiz deve dar suporte à família para que ela própria encontre a melhor solução para a sua própria vida”, acrescenta.

O coordenador da Cejusc do Fórum da Leopoldina, juiz Carlos Alberto Machado, considera a iniciativa uma vitória da Justiça. O magistrado contou com o apoio de muitos voluntários para tornar o projeto uma realidade. O juiz explicou que o papel da mediação é fundamental para as partes encontrarem uma solução para o conflito.

“O projeto Casa da Família é abrangente. O juiz contemporâneo não pode ser um mero julgador. Ele tem que ser um pacificador de conflitos. Não se pode mais julgar por julgar. É necessário se quebrar paradigmas, mas é preciso também que o juiz tenha tempo disponível para celebrar acordos. Temos que ouvir e se fazer ouvir. Isso carece de tempo. Então, a importância da mediação, das outras ferramentas usadas para se pacificar conflitos, é muito grande”, esclarece.

Na palestra que antecedeu a inauguração das instalações do Fórum da Leopoldina, o coordenador adjunto do Cejusc da Leopoldina, juiz adjunto André Felipe Alves da Costa Tredinnick, afirmou que as oficinas de orientação para os pais foram fundamentais para a implementação do projeto final e mensagem de apoio às famílias da região cercada de comunidades.

“O trabalho multidisciplinar que foi desenvolvido aqui na Leopoldina teve ótimos resultados, evitando processos e facilitando a conciliação de familiares e briga de vizinhos. A gente pretende impedir violências e resguardar famílias, oferecendo atendimento inclusivo, acolhimento e pronta resolução de conflitos”, disse.

SV/ JAB

Fotos: Brunno Dantas/ TJRJ

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