A 2ª Vara da Família, da Juventude e do Idoso de Barra Mansa, no Sul Fluminense, inaugurou uma escola de Judô no Centro de Recurso Integrado e Atendimento ao Adolescente (Criadd) do município. A iniciativa, realizada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), e com apoio do Ministério Público Estadual, oferece atividades esportivas às crianças e aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade. O lançamento foi feito pela juíza Lorena Paola Nunes Boccia. As aulas acontecem todos os dias, no período da manhã, e atendem 30 adolescentes.
De acordo com a magistrada, o objetivo da medida é incentivar a disciplina, resgatar os vínculos familiares e comunitários para propiciar novas perspectivas de vida. Apreendidos e obrigados a cumprir medidas socioeducativas de semiliberdade, os adolescentes permanecem internos do Criadd durante a semana e nos fins de semana retornam para o convívio de sua família.
"Reunimos o Juizado de Infância de Barra Mansa, a Promotoria, os servidores e a comunidade para a inauguração de uma escolinha de judô dentro do Criadd de Barra Mansa. Já tínhamos o espaço, mas precisávamos de todo o resto. Inicialmente, foi realizado um acordo com o professor de judô da Academia Corpo e Arte (ACCA), Gênesis Lima Carvalho, para que ele ministrasse aulas de graça para os adolescentes", ressaltou.
A juíza reforçou que os maiores colaboradores para tornar realidade o projeto esportivo dentro de uma unidade de semiliberdade foram o professor e os envolvidos da Academia Corpo e Arte (ACCA) que tem doado seu tempo e conhecimento.
"Fizemos uma campanha de Natal pedindo que juízes, promotores, defensores públicos e servidores substituíssem os presentes, que normalmente eram dados aos internos, por doações em dinheiro ou em quimonos para viabilizar a escola de judô. Com os recursos arrecadados, compramos o tatame, faixas brancas e alguns materiais necessários para as aulas. Ainda restou uma quantia para custear despesas que se fizerem necessárias nesse primeiro semestre ou para comprar material, se necessário. Além disso, conseguimos 33 quimonos", disse a juíza.
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