O juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) Marcelo Oliveira da Silva promoveu, nesta terça-feira, dia 22, uma palestra antidrogas para alunos da unidade Barra da Tijuca do Colégio Santo Agostinho. O evento foi realizado pela Diretoria-Geral de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais (DGJUR). Durante 1h30, 200 estudantes do segundo ano do Ensino Médio tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e fazer perguntas.
O magistrado falou sobre a importância de os alunos saberem o que é ato infracional e que ele pode levar à internação pelo aspecto socioeducativo. De acordo com o juiz, preveni-los é informá-los das consequências do universo das drogas, não só pelo aspecto da saúde, mas também pelo jurídico.
“O jovem dessa faixa etária está em formação de constituição de personalidade. Por isso, é fundamental orientá-los. Eles têm tantas informações através da internet e é importante integrá-las de maneira qualificada. Atualmente, temos 2.810 jovens internados no sistema socioeducativo, sendo que 80% dos atos infracionais estão envolvidos com o tráfico”, destacou.
A estudante Beatriz Leoni, 16 anos, aluna do segundo ano, ressaltou a importância da palestra. Ela disse que a fala do juiz foi esclarecedora. E que o debate na escola foi importante por ser um tema presente na adolescência. “Acredito que o fato de alertar para os perigos que as drogas representam foi muito importante”.
Já Fernanda Elias, de 15 anos, afirmou a importância da abordagem de um tema que muitos não conseguem conversar dentro de casa com os pais.
“É importante recebermos orientações, porque seremos expostos ao longo da vida. Foi a oportunidade para eu ouvir um juiz que entende do assunto em um debate na minha escola”, ressaltou.
Para Luiz Cláudio da Silva Bastos, coordenador pedagógico da segunda e da terceira séries do Ensino Médio do Santo Agostinho, a iniciativa foi inovadora.
“Realizamos muitas palestras envolvendo a área da saúde, mas na área jurídica é uma novidade. A abordagem do aspecto legal para essa faixa etária é mais importante agora porque eles vivem num momento em que se sentem verdadeiramente imunes. O exemplo que o juiz deu durante a palestra de um grupo de amigos dividindo a maconha foi bem interessante para ilustrar isso. Eles não enxergam a gravidade do fato”, acrescentou.
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