O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) inaugurou, na segunda-feira, dia 4, o Serviço de Psicologia da Vara de Execuções de Medidas Socioeducativas da Capital (Vemse) para dar atendimento a adolescentes que cometeram infrações e estão em liberdade assistida. O principal objetivo é transmitir noções de ética e moral aos menores com visitas a museus, incentivando a comunicação para que possam exprimir a experiência cultural adquirida nesses passeios.
Inicialmente, está previsto atender um total de 1.100 adolescentes até o fim do ano. Eles serão encaminhados pelos Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) da Prefeitura do Rio e divididos em grupos vão visitar o Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário do TJRJ, o Museu Histórico Nacional e o Setor Cultural da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Já na terça-feira, dia 6, foi agendada uma visita à Alerj.
A juíza Lúcia Mothe Glioche, da Vara de Execuções de Medidas Sodioeducativas, acredita que a educação é a principal via na recuperação destes adolescentes, despertando neles o sentimento de cidadania. De acordo com a magistrada, o serviço vai tornar realidade determinações judiciais que devem ser cumpridas durante a liberdade assistida, além da prestação do trabalho comunitário. Para ela, a iniciativa contribuirá para expandir o aprendizado do adolescente e para a sua formação social.
"O estudo não se restringe ao banco escolar. Muitos desses adolescentes não ultrapassam os limites das suas áreas de convivência. O serviço de psicologia vai estender o braço do Crea, responsável pelo atendimento do adolescente em liberdade assistida nessas áreas". Segundo Lúcia Glioche, o adolescente poderá vir a ter a medida socioeducativa extinta desde que mostre um perfil de conhecimento dos valores ético e moral.
O presidente do TJRJ, desembargador Milton Fernandes de Souza, lembrou que será um trabalho árduo e elogiou todos os envolvidos na sua execução.
Coordenado pela psicóloga do TJRJ Marlise Eugenie D'Icarahy, o trabalho do Serviço de Psicologia da Vara de Execuções de Medidas Socioeducativas da Capital contará com apoio dos Creas, da Alerj e do Departamento de Fundamentos de Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). O Serviço de Psicologia vai funcionar em uma sala do Museu da Justiça compartilhada com a Abaterj e o Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (Deape).
A solenidade de instalação do serviço também contou com a participação do corregedor-geral da Justiça, desembargador Cláudio de Mello Tavares, do juiz auxiliar da Presidência Marcelo de Oliveira e da titular da 2ª Promotoria de Justiça de Execução de Medidas Sócioeducativas da Capital, Luciana Rocha de Araújo Benisti, representando o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro, José Eduardo Gussem.
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