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Circuito que reúne marcos da escravidão é percorrido em caminhada organizada pelo TJRJ
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 27/05/2024 17:42
Magistrados, estudantes, advogados e assistentes sociais estiveram em locais onde viveram e morreram escravos trazidos ao Rio de Janeiro

Grupo guiado pela servidora Tatiana Lima Brandão subiu e desceu ladeiras na Pedra do Sal e na Gamboa, conheceu cemitério de escravos e áreas de sítios históricos

Uma manhã diferente para magistrados e magistradas, advogados e advogadas, assistentes sociais e servidores e servidoras do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro aconteceu neste sábado (25/5): eles e elas participaram de uma caminhada por pontos de extrema importância no Centro do Rio que marcaram um lado triste da história: a escravidão. A “Trilha da Memória: uma jornada pela Pequena África” reuniu cerca de 80 pessoas e contou com a participação do desembargador Wagner Cinelli, presidente dos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (COGENs), e da juíza Simone Lopes, também membro dos comitês.

“Foi uma manhã com muita informação e nos mostrou o dia a dia, a realidade deste evento trágico que foi a escravidão. Memória social é fundamental para conhecermos o passado, atuarmos melhor no presente e possibilitarmos para as gerações à frente um futuro marcado pelo respeito e pela igualdade”, disse o desembargador.

Caminhada por pontos marcantes

A caminhada foi guiada pela servidora do TJRJ Tatiana Lima Brandão, que é formada em Turismo e também historiadora. Os participantes iniciaram o passeio do presente ao passado a partir da Praça Mauá. De lá, o grupo passou pela Igreja de São Francisco da Prainha, Painel Hilário Jovino, Casa da Escrevivência, Pedra do Sal, Mirante do Morro da Conceição, Cais do Valongo, Cais da Imperatriz, Docas Pedro II, Praça da Harmonia e Cemitério dos Pretos Novos.

Um dos pontos que atraiu os participantes da caminhada pelo Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana foi a estátua de Mercedes Baptista, no Largo da Prainha, primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, uma vez que a história de Mercedes é extremamente rica, assim como a de todo o circuito.

O desembargador Wagner Cinelli destacou o fato de a caminhada não ter tido apenas a presença de magistrados e magistradas da capital e funcionários e funcionárias do TJ.

“Tivemos a presença do presidente e da vice-presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da OAB/RJ (CEVENB), Humberto Adami e Alessandra Santos, servidores e servidoras de outras comarcas e assistentes sociais”.

Além da CEVENB, apoiaram a iniciativa a Secretaria Geral de Administração do TJ, a Escola de Magistratura do Estado (Emerj), o Fórum Permanente de Direitos e Relações Raciais da EMERJ, o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Ações e Políticas Voltadas para Mulheres Negras do TJ, a OAB/RJ, o Instituto Pretos Novos e o Instituto dos Magistrados do Brasil.

PF/FS

Fotos: Marina Lilian Almeida