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II Mostra Artística e Literária: reflexões sobre preconceitos e desigualdade de gênero
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 04/11/2024 21:59

Na manhã desta segunda-feira (04/11) foi inaugurada a segunda edição da “Mostra Artística e Literária”, promovida por meio dos Comitês de Promoção de Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (COGEN-1º Grau e COGEN-2º Grau), em parceria com o Museu da Justiça. A exposição estará aberta à visitação até o dia 11 de novembro, no Salão Nobre do museu, com a entrada gratuita.

A mostra conta com grande diversidade de produções artísticas, incluindo textos, pinturas, desenhos, fotografias, vídeos e apresentações de dança. Todas as obras e performances foram criadas por magistrados, servidores, colaboradores e estagiários do TJRJ. Além de incentivar a criatividade artística do público interno do tribunal, a exposição tem o objetivo de promover reflexões sobre temas sensíveis, como desigualdade de gênero, assédio moral, assédio sexual e discriminação, valorizando as diferentes formas de expressão cultural.

Durante a cerimônia de abertura, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, destacou a importância do evento e o comprometimento do Tribunal de Justiça com causas de cunho social. “Uma mostra como essa é muito importante. É um momento que o Tribunal anuncia àqueles que ainda pensam diferentemente, que ainda se voltam a época em que a sociedade, de modo geral, aceitava passivamente esses tipos de discriminação, é o momento da gente dizer que nós estamos atentos, que não queremos isso”, afirmou o presidente.

A desembargadora Patricia Serra Vieira, vice-presidente dos COGENs, declarou que um dos objetivos da mostra também é demonstrar como os comitês de primeiro e segundo graus possuem uma “arte viva” e uma linguagem emocional de vários servidores, juízes e colaboradores. “O fato desta mostra ter conseguido chegar ao seu segundo ano ainda viva, demonstra que nós precisamos assentar essa cultura de prevenção e enfrentamento da antidiscriminação”, completou a juíza.

Já o presidente dos COGENs, o desembargador Wagner Cinelli, destacou como as letras e as artes nos ajudam a ter uma visão mais global, mais rica, mais compreensiva do mundo, especialmente de temas relativos a qualquer tipo de preconceito e de discriminação, como é retratado na exibição. “A gente não pode ser só uma sociedade moderna, com os seus carros modernos, com voo supersônico e com tantas modernidades na nossa vida. É tudo muito bom, mas a gente precisa, nós todos, enquanto pessoas que somos, termos empatia, solidariedade, respeito. Então uma mostra como essa proclama todas essas coisas, e isso é fundamental”, finalizou o desembargador.

Além deles, a juíza Eunice Haddad, presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), também esteve presente na cerimônia de abertura.


Algumas das artistas por trás das obras


Umas das obras sendo expostas é a pintura “A Sangue Frio”, da artista Daniele Aureliano Bloris, que aborda a questão do feminicídio. Daniele, que trabalha como psicóloga no Tribunal, conta que esteve presente na primeira edição da exposição e ainda deu destaque aos temas delicados que são abordados. “Acho importante trazer um outro olhar para um tema tão sensível que é a violência, através da arte”.


Além dela, outra artista que esteve presente foi Tatiana Lima Brandão, servidora e analista de negócios do TJRJ. Tatiana realizou uma exposição fotográfica trazendo duas imagens, uma do Cais do Valongo, representando a porta de entrada dos escravizados no Brasil, e uma do Cemitério dos Pretos Novos, a fim de fazer uma dicotomia entre a entrada dessas pessoas no país e quais foram os seus fins. Daí vem o título da obra: “Vida, morte ou liberdade?”.


“A gente pode trazer não só o nosso lado artístico, como pode divulgar projetos que levam a discussões importantes aqui dentro do evento”, completou a servidora. 


Mais informações sobre a exposição 

De 4 a 11 de novembro
Visitação de segunda à sexta-feira, das 11h às 17h
Salão Nobre do Museu da Justiça Rio de Janeiro
Prédio Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro
Rua Dom Manuel, 29, 3° andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Classificação indicativa: Livre
Entrada Franca

VM*/FS

*Estagiário sob supervisão de FS

Fotos / Brunno Dantas