TJRJ promove encontro com especialistas sobre Salas de Apoio à Amamentação

Da esquerda para direita: Ana Paula Varges, do Serviço de Planejamento e Implementação de Programas Ambientais (SEPIM); Mariana Benício colaboradora da SGSUS; Cláudia Schkrab, diretora de Divisão de Gestão Ambiental; Iranise Muniz, assistente Social da igreja Nossa Sra. do Parto; Halene Armada, superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde; Conceição Salomão, coordenadora das Salas de Apoio à Amamentação do Estado do Rio de Janeiro; desembargador Wagner Cinelli,  presidente dos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação de 1º e 2º Graus; Paula Feteira, juíza auxiliar da Presidência do TJRJ, Carlos Eduardo Menezes, secretário-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social; Inara Firmino, do Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social do TJRJ; e Luiz Felipe Fleury Côrrea, diretor do Departamento de Sustentabilidade

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro realizou, nesta terça-feira (11/3), encontro com representantes de diversos órgãos estaduais sobre Salas de Apoio à Amamentação. A iniciativa, promovida no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, fortalece o compromisso institucional do TJRJ com o acolhimento das lactantes.  De acordo com a juíza auxiliar da Presidência Paula Feteira, a reunião teve como objetivo o fomento do intercâmbio de ideias e a consolidação do projeto.

"Queremos assegurar não apenas os direitos das lactantes, mas também garantir vantagens e os benefícios desse aleitamento para a primeira infância.

Uma vez que a sala também tem uma pegada de sustentabilidade, por ser um espaço para doações de leite aos bebês prematuros. A sala não é apenas para manter a lactação. Vemos situações gravíssimas, onde o leite que é doado faz total diferença na recuperação de bebês prematuros e pode salvar vidas”, conclui a juíza.

Para Conceição Salomão, coordenadora das Salas de Apoio à Amamentação do Estado do Rio de Janeiro e integrante da Sociedade Pediátrica do Rio de Janeiro (Soperj), o benefício da amamentação prolongada por dois anos ou mais pode evitar a morte de 823 mil crianças com menos de cinco anos ao ano no mundo. 

“A mãe que amamenta por mais tempo está protegida contra o câncer de mama e de ovário. A amamentação prolongada pode evitar 20 mil mortes dessas mulheres. Além disso, é tão bonito pensar que instituições como o Tribunal de Justiça pensam nessa mulher, que está gerando um bebê. Isso é pensar no futuro desse país”, disse Salomão.

Carlos Eduardo Menezes da Costa, secretário-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), afirmou que o ato de doar leite é muito antigo, inclusive na sua família.

"Meu avô teve uma "mãe de leite", como se chamavam as mulheres que amamentavam bebês de outras famílias. Nossas famílias constituíram laços de amor que perduram até hoje. Isso me faz pensar na importância das salas de amamentação atualmente, espaço também destinado para doação de leite." relembrou. 

O evento contou com a participação da juíza auxiliar da Presidência Paula Feteira, da superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde Halene Armada e da representante da secretaria de Estado de Saúde Claudia Mello. Também participaram do encontro a enfermeira obstetra Abilene Gouvea, coordenadora do banco de leite perinatal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); Conceição Salomão, coordenadora das Salas de Apoio à Amamentação do Estado do Rio de Janeiro; Inara Firmino, integrante do Núcleo de Equidade do TJRJ; e a assistente social Iranise Muniz, responsável pelo "Projeto Ser Mulher Gestante". 

Também estiveram presentes, o diretor do Departamento de Sustentabilidade da SGSUS, Luiz Felipe Fleury Corrêa; o desembargador Wagner Cinelli de Paula Freitas, presidente do Comitê de promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (COGEN), entre outros. 

O projeto
 
Criado em 2023, a Sala de Apoio à Amamentação no TJRJ oferece acolhimento e qualidade de vida para servidoras, magistradas e advogadas que desejam continuar amamentando após o retorno da licença-maternidade. O espaço está localizado na Lâmina I, sala 111B, do TJRJ e faz parte do projeto "Amamentação Sustentável", desenvolvido pela SGSUS. 

A iniciativa busca proporcionar um ambiente seguro e confortável para lactantes, contribuindo para a ampliação do período de amamentação, recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere a continuidade de até, pelo menos, os dois anos de idade do bebê. A sala pode ser utilizada por qualquer lactante que frequente o Tribunal.

MF/FS
Foto Felipe Cavalcanti