1º Tribunal do Júri inicia julgamento de dois dos três acusados pela morte de congolês

 O julgamento começou no fim da manhã desta quinta-feira, dia 13 de março, no 1º Tribunal do Júri, sob a presidência do juiz Thiago Portes

Começou nesta quinta-feira (13/03), no 1ºTribunal do Júri, o julgamento de Fábio Pirineus da Silva e de Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, acusados de espancarem até a morte o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos. O crime aconteceu no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, no dia 24 de janeiro de 2022. O júri é presidido pelo juiz Thiago Portes. 

O terceiro acusado, Brendon Alexander Luz da Silva, o “Tota”, não sentou no banco dos réus, uma vez que sua defesa recorreu da sentença de pronúncia e seu nome foi desmembrado do processo originário. O pedido está em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Primeiro interrogatório

Testemunha de acusação, o primeiro a ser interrogado foi Jailton Pereira Campos, que trabalhava no quiosque Tropicália no dia do crime. Ele contou que estava trabalhando no local há apenas dois dias e disse ter presenciado algumas agressões a Moïse, que, de acordo com ele, queria beber sem pagar, já que teria dinheiro a receber por dias trabalhados.

Jailton, segundo o Ministério Público, teria, em seu segundo depoimento à Polícia, contando versões diferentes. Foi questionado sobre isso e disse estar muito abalado na primeira vez que esteve na delegacia.

Vídeos de câmeras de segurança mostraram ele, no dia do crime, pegando bebidas e atendendo pessoas com o corpo de Moïse no chão ao lado de onde ele passava.

Aos promotores ele confirmou que queria chamar uma viatura da PM, mas que Aleson teria dito “deixa pra lá”.

No total, foram arroladas 23 testemunhas, entre defesa e acusação.

PF/FS
 
Foto: Brunno Dantas/TJRJ