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Documentário e Roda de Conversa no Museu da Justiça
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 22/07/2022 20:42

 

A violência contra a mulher continua na pauta nos debates do Museu da Justiça em julho. Depois do encontro marcado por depoimentos emocionantes de mulheres vitimadas por diferentes tipos de violência praticadas por homens, inclusive o da empresária Luiza Brunet, o museu volta a abrir suas portas ao tema. Na próxima terça-feira (26/7), às 17h, o documentário 'Adelante - a realidade de mulheres em busca de condições de vida' será apresentado em  Roda de Conversa com o Grupo Mulheres do Brasil, que  que abordará a violência contra a mulher e os desafios enfrentados pelas venezuelanas refugiadas no Brasil. 

 

O Grupo Mulheres do Brasil foi criado em 2013 por 40 mulheres de diferentes segmentos com o intuito de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para o país. É presidido pela empresária Luiza Helena Trajano e atualmente tem mais de 98 mil participantes no Brasil e no exterior. 

 

O documentário é uma coprodução da cineasta Luiza Trindade, que estreia como diretora, e da plataforma CELINA do Jornal O Globo, em parceria com a ONG PARES Cáritas. “Adelante” apresenta o cotidiano de um grupo de mulheres refugiadas da Venezuela, que deixaram seu país devido à crise econômica, política e social, para reconstruírem suas vidas no Brasil. 

Luiza Brunet: "Não podemos ter medo" 

Na última roda, realizada no dia 13 de julho, 15 mulheres  integrantes do Grupo de Reflexão do Centro Integrado de Atendimento à Mulher Márcia Lyra levaram os participantes às lágrimas, vez por outra, ao contar suas histórias de dor e superação. O evento contou com debatedoras convidadas, como a empresária Luiza Brunet, a jornalista e produtora do documentário 'Adelante', Luiza Trindade, a psicóloga e coordenadora do Centro Integrado, Maria Augusta Fisher e o desembargador do TJRJ, Wagner Cinelli, autor do livro 'Metendo a Colher'. 

"Eu sofri violência doméstica, e não foi fácil denunciar. É sempre muito difícil ser reconhecida como vítima, como alguém que passou por isso, e responsabilizar o meu agressor. Tomei coragem e expus o meu caso na mídia. É preciso divulgar, contar histórias de verdadeiras mulheres que contribuem para motivar as outras a denunciarem. Não podemos ter medo", destacou Luiza Brunet.  Em 2016, ela foi agredida por seu ex-companheiro, o empresário Lírio Parisotto. Teve o rosto desfigurado, quatro costelas fraturadas e um dedo quebrado. 

Autor do livro “Metendo a Colher”, uma coletânea de artigos sobre a violência de gênero, o desembargador do TJRJ Wagner Cinelli  fez questão de participar da Roda de Conversa. 

“Peço licença para estar entre vocês. Fiz questão de estar aqui porque considero eventos como esse muito importantes no combate à violência contra a mulher. Trata-se de um assunto muito sério. É fundamental falar cada vez mais sobre isso, prevenir as meninas e os meninos, desde cedo. São quase quatro mulheres assassinadas no Brasil, diariamente. Essa é uma causa da sociedade e tem que ser debatida, cada vez mais, entre mulheres e entre homens”, avaliou. 

Serviço 

Terça-feira, 17 horas
Museu da Justiça
Rua Dom Manuel, 29, térreo, Sala Multiuso - Centro, Rio de Janeiro/RJ
Distribuição de senhas a partir das 13h30min 

60 lugares, sujeito a lotação
Entrada franca
Classificação indicativa: 14 anos