NUPEMEC do TJRJ forma a 1ª turma de Justiça Restaurativa
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), promoveu a cerimônia de formatura da 1ª turma de Justiça Restaurativa. A solenidade aconteceu na última terça-feira (12/12), no Auditório Desembargador José Navega Cretton, na Lâmina I do Fórum Central. A formação foi realizada em parceria com o Instituto de Soluções Avançadas ISA-ADRS.
Estabelecer o compromisso com a não violência, buscar uma solução para o conflito com criatividade e sensibilidade a partir da escuta, cuidar e construir uma cultura de paz são alguns dos objetivos da Justiça Restaurativa.
A diretora da formação, Célia Passos falou sobre o diferencial desse curso: “O nosso edital prestigiou a diversidade. Diferentemente de outros cursos de outros tribunais, nosso curso foi longo. O programa ampliou os horizontes com neurociência, com os aspectos da criminologia crítica, da filosofia, da sociologia, e com muitas reflexões. A ideia era transformar as pessoas para que elas pudessem cuidar dos outros. Cuidar de quem vai cuidar foi o grande ponto dessa formação”.
“O nosso programa é todo focado na prevenção. Traz um novo olhar de como lidar com os conflitos, como construir uma nova realidade, transformar as pessoas, ter uma visão de diálogo, de complementar as relações. É muito emocionante ver a formatura dessa primeira turma, com projetos ligados à infância, à adolescência, à violência doméstica, podendo atender a várias situações que chegavam ao NUPEMEC ”, ressaltou Cláudia Ferreira, coordenadora do Núcleo.
Vinte e dois novos facilitadores restaurativos receberam os certificados de conclusão do curso, que ofereceu, 60 horas de aulas teóricas e 60 horas de aulas práticas supervisionadas, além de 30 horas de prestação de atendimento no campo. Entre os formandos estão servidores, mediadores e pessoas com formação em diferentes áreas.
Maria Regina dos Santos Martins foi professora de Biologia e atuou como mediadora no Ministério Público, mas foi o curso de Justiça Restaurativa que transformou sua carreira. “Esse curso mudou tudo na minha vida, mudou a minha maneira de ser, de pensar, e eu adotei os conhecimento como filosofia de vida. A Justiça Restaurativa não é terapia, mas produz um efeito terapêutico, amplia os horizontes”.
Departamento de Comunicação Interna