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Campanha de doação de medula óssea registra 380 doadores no TJRJ
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 25/05/2018 16:36

Cerca de 380 pessoas estiveram na Lâmina III do Tribunal de Justiça do Rio na última quinta-feira, dia 24, para se cadastrarem na campanha de doação de medula óssea. Esta é a terceira vez que o Tribunal promove essa iniciativa. Em 2008, em outra campanha realizada pelo Judiciário fluminense, a servidora Ana Lúcia Moura, da 2ª Câmara Cível, então com 38 anos, fez seu cadastro como doadora e foi acionada pelo Hemorio por compatibilidade com um paciente à espera de transplante. “Desde o início, fiquei contente e participei de todas as etapas”, afirma.

Ana Lúcia explica que fez um novo exame de sangue e, alguns dias depois, iniciou o processo.  

“Fui ao Inca, participei de uma entrevista com uma junta médica e fiz vários exames de saúde. Aproximadamente umas duas semanas depois, participei de uma nova entrevista com o médico para ele explicar como era a cirurgia, para definir se eu queria participar mesmo, seguir adiante e, posteriormente, eles marcaram. Para a cirurgia, eu passei apenas uma noite no Inca, cheguei um dia de manhã e, no dia seguinte, por volta de meio-dia, eu estava indo para casa”, explica.

A servidora contou que não teve acesso aos dados da pessoa que recebeu a medula, apenas recebeu algumas informações. “A gente quer saber, mas o Inca e os médicos explicam que não é bom que a pessoa saiba para não se sentir responsável pela saúde da pessoa. A única coisa que eu sabia é que era de São Paulo, pesava cerca de 40 quilos e era do sexo masculino”, disse.

Muito emocionada, Ana Lúcia destacou que sua mãe, na mesma época, estava doente e precisando de medula. “Ela descobriu um câncer, provocado por um defeito na medula, seis meses antes e, pela idade, ela não poderia nem receber a doação, nem fazer o autotransplante, então, isso, foi um fator que me motivou muito. Foi muito mais importante pra mim, uma emoção muito maior”, afirmou.

Quando perguntada se doaria novamente, Ana Lúcia não titubeou e enfatizou a  importância de manter o cadastro de doador atualizado. “Sempre que eu altero um endereço ou telefone, eu atualizo os dados e podem me chamar. Quantas vezes forem possíveis e necessárias eu faço essa doação. É uma sensação muito boa”, falou.

Ainda sobre a sensação após a doação, Ana conta que se sentiu definitivamente fazendo a diferença. “Passei a incentivar muito mais as pessoas a fazerem isso. Sinto-me orgulhosa toda vez que falo que fiz isso, independentemente de a pessoa ter sobrevivido ou não. A gente tem que acreditar, tem que tentar. Se mais gente tentasse, mais pessoas sobreviveriam”.

 

Foto: Felipe Cavalcanti/TJRJ

MPM/SP