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Desembargador Jessé Torres dá aula inaugural do IV Encontro de Gestores e de curso de Pós-Graduação em Direito Administrativo
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 21/08/2018 18:22
"Diante das adversidades, várias alternativas são criadas demonstrando empenho e entusiasmo de magistrados e servidores", diz o Corregedor

O desembargador Jessé Torres deu hoje (21/8) de manhã, no Auditório Desembargador José Navega Cretton, a aula inaugural do Curso de Pós-Graduação em Direito Administrativo da Emerj e do IV Encontro de Gestores da Esaj, reunindo mais de 200 alunos. Fizeram parte da mesa de abertura, o  corregedor-geral da Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, representando o presidente do Ttibunal de Justiça, desembargador Milton Fernandes de Souza; a juíza auxiliar da presidência Rose Marie Pimentel Martins e o diretor-geral de Gestão de Pessoas (DGPES), Gabriel Albuquerque Pinto, além do desembargador professor,  

- Gostaria de ressaltar minha satisfação de estar presente em um evento que demonstra que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de janeiro investe em seu corpo de gestores no sentido de proporcionar o desenvolvimento de habilidades de liderança, de práticas gerenciais e motivação para o desempenho profissional mediante o intercâmbio de conhecimento e de experiências para alcançar o melhor resultado possível sem deixar de lado a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) – disse o corregedor, ao abrir o evento.

Ele prosseguiu seu discurso:

- Estamos diante de um mundo em permanente mutação, globalização, avanços tecnológicos, descobertas científicas e relações sociais complexas. O Poder Judiciário, por sua vez, passa por uma mudança de paradigma em sua gestão administrativa e judicial. Com a ampliação de seus serviços e de sua atuação decorrente das necessidades da sociedade contemporânea, o Judiciário parte cada vez mais para um modelo gerencial onde conceitos e temas clássicos de organizações privadas passam a fazer parte do cotidiano das organizações: planejamento, objetivos, metas, resultados e indicadores estatísticos.

E finalizou:

- No cotidiano, magistrados e servidores se deparam com inúmeras dificuldades, vivenciam problemas, ouvem críticas e anseios, lidam diariamente com dor, aflição, pressa e ansiedade daqueles que clamam por justiça. Não possuem a estrutura ideal frente às necessidades. O volume de processos cresce constantemente enquanto a aparelhamento do Judiciário está sempre a desejar tendo em vista as dificuldades e as limitações orçamentárias. (...) Criatividade e conectidade são as palavras-chaves a impulsionarem e qualificarem os trabalhos. Diante das adversidades, várias alternativas são criadas demonstrando empenho, entusiasmo e operosidade de magistrados e servidores. (...) Essas ações precisam ser difundidas. O intercâmbio de experiências é fundamental para o aperfeiçoamento da Justiça. Os desafios são grandes, mas as ideias, a disposição para trabalhar e a vontade de acertar e fazer o melhor são maiores. Sabemos do imprescindível papel do servidor para o êxito de todos os projetos do Tribunal. Tenho certeza do grande compromisso e da seriedade dos servidores, sobretudo dos gestores para com o serviço público e com nossa sociedade.

A juíza Rose Marie destacou a importância do gestor para o andamento dos trabalhos nas serventias ressaltando a necessidade dele saber administrar conflitos, valorizar os funcionários e leva-los a trabalhar em um só time:

- Saber trocar experiências com outros gestores e ter essa conscientização é de suma importância tanto para o Poder Judiciário quanto para qualquer empresa privada – disse ela destacando duas oficinas oferecidas no curso de gestores: autoliderança e processo eletrônico.

O diretor-geral de Gestão de Pessoas (DGPES), Gabriel Albuquerque Pinto, observou que o IV Encontro de Gestores “continua no seu caminho de promover maior integração entre as instituições abrindo um canal de interlocução entre os gestores, o que é fundamental para desenvolver os  mecanismos de liderança e estratégia e disseminando boas práticas.

Ele elogiou o modelo de gestão participativa:

- Precisamos aprender a ouvir, a compartilhar decisões, a identificar o talento de cada um de forma a que o serviço flua melhor. Cabe aos gestores motivar e incentivar os demais funcionários. Que a gente consiga mudar o brocardo ‘isso é assim porque sempre foi assim’ para ‘isso é assim porque é a melhor maneira de fazê-lo. Cabe a nós identificar a forma de encontrar a maneira ideal.

Pouco antes de dar a aula inaugural, sob o tema “Retrotopia e gestão de estado”, o desembargador Jessé Torres observou que “não há gestão sem diálogo. Tem que ter conversa.” O magistrado ressaltou também que este é o 20º ano da Emenda Constitucional 19 (junho de 1998):

- Esperava-se que ela viria a remodelar o estado democrático de direito. Segundo conceitos de estatística, uma geração significa 20 anos. A emenda fez as mudanças a que se propunha ou não? – disse ele prometendo responder a essa e a outras perguntas na aula inaugural.

 

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