O Serviço de Apoio aos Assistentes Sociais (SEASO) e a Comissão de Assistentes Sociais do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) deram início ao ciclo de debates do Fórum Permanente de Serviço Social e Sistema de Justiça, que será realizado ao longo do ano. Sob o tema “Serviço Social e Trabalho no Judiciário”, o encontro aconteceu na segunda-feira, dia 28, no auditório Desembargador José Navega Cretton, e contou com a participação de assistentes sociais do Judiciário fluminense e de outras instituições.

As palestrantes convidadas para debater o tema foram a assistente social do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e mestranda em Política Social pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Emilly Marques Tenório; e a assistente social da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) e doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),Tânia Maria Dahmer Pereira.

Durante sua apresentação, Emilly Tenório fez uma análise institucional do Poder Judiciário, e falou sobre o trabalho específico desempenhado pelos assistentes sociais, bem como os desafios enfrentados no dia a dia da profissão. Em continuação, a assistente social discorreu sobre o “fenômeno da judicialização dos conflitos”.

Emily Tenório aproveitou, ainda, para apresentar o trabalho que está sendo desenvolvido e realizado pela equipe técnica do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

“A experiência em curso da equipe técnica de assistentes sociais do TJES alçou um movimento de organização que foi reconhecido e incorporado pela estrutura formal da instituição, que vem fomentando a capacitação continuada, a luta por melhoria das condições éticas e técnicas do trabalho e a articulação com órgãos e instituições públicas que compõem a rede sócio assistencial”, ressaltou.

A assistente social Tânia Maria Dahmer Pereira palestrou sobre o papel da moral e da cultura nos diversos períodos sociohistóricos, o papel das leis “no cenário da luta por direitos”, sua importância para a efetivação das políticas públicas e, por outro lado, sua insuficiência. “A aprovação das leis não é sinônimo de seu efetivo cumprimento”, pontuou Tânia.

A especialista destacou, ainda, a matéria e os instrumentos de trabalho que devem ser definidos pelo assistente social, de acordo com o objetivo do trabalho a ser realizado.

“É importante ressaltar também a trajetória profissional dos assistentes sociais e o compromisso firmado por esta categoria, com um projeto ético-político edificado sobre pilares da liberdade, democracia, justiça social e acesso a direitos”, finalizou.

O próximo encontro promovido pelo Fórum Permanente de Serviço Social e Sistema de Justiça acontecerá no dia 25 de abril, e terá como tema: “A Interface do Judiciário e a Assistência Social”. Serão realizadas, até o final do ano, nove apresentações, com o objetivo de debater questões relevantes para a função dos assistentes sociais no Poder Judiciário.