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Depoimento Especial e Abuso Sexual infantil são temas de evento na Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 08/08/2017 18:38

Durante o I Colóquio sobre Abuso Sexual na Infância e Adolescência, realizado dias 4 e 5 de agosto, as psicólogas Sandra Levy e Raquel Veloso, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, apresentaram os temas Depoimento Especial e Abuso Sexual infantil. O evento, coordenado pela psicóloga e escritora Maria do Carmo Cintra de Almeida Prado, foi realizado na Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ). Um dos pontos debatidos no painel “Depoimento Especial” foram o depoimento da criança e como ela deve ser preparada para isso por profissionais capacitados a fim de não ter seu trauma ainda mais agravado.

- Destaquei a importância de considerar o lugar que o psicólogo ocupa em sua prática, o lugar da escuta e a construção possível que se vem produzindo através do tripé: estudo teórico da dinâmica relacional no abuso, supervisões nos grupos e o próprio papel do entrevistador no depoimento – explica a psicóloga Sandra Levy, que também é Diretora da Divisão de Apoio Técnico Interdisciplinar e coordenadora do Núcleo de Depoimento Especial (Nudeca), ambos da Corregedoria Geral da Justiça.

Ela acrescenta que o conhecimento dos psicólogos sobre o desenvolvimento cognitivo e estruturante de uma pessoa é fundamental para conduzir o depoimento e saber o que é possível para a criança lembrar ou falar sobre o trauma vivido.

- Há ali um sujeito que pode lembrar e não querer falar, pode não lembrar e falar, e pode lembrar e querer falar.

Raquel Veloso, psicóloga voluntária do Nudeca, falou sobre os impasses no manejo de processos que envolvem crianças vítimas de violência extrema e a dinâmica familiar abusiva nesses casos. Também abordou questões sobre a repercussão de uma notícia de abuso sexual infantil tanto para as equipes técnicas envolvidas quanto para o juiz e demais operadores do Direito.

- Percebo a urgência do diálogo entre Psicanálise e Direito de forma a possibilitar uma melhor compreensão em relação à realidade psíquica e a seus possíveis desdobramentos na realidade concreta dos fatos – concluiu.

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