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Dia do Psicólogo é comemorado com seminário no auditório da Corregedoria
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 25/08/2017 18:37

O Seminário Psicologia e Justiça: Desafios da Contemporaneidade marcou hoje (25/8) a comemoração pelo Dia do Psicólogo, no Auditório José Navega Cretton, da Corregedoria Geral da Justiça.  O Corregedor-Geral, desembargador Claudio de Mello Tavares, abriu o evento ressaltando a importância desses profissionais para o Tribunal de Justiça e lembrando que o primeiro concurso para psicólogos do TJRJ aconteceu em 1998 com 72 aprovados e empossados no ano seguinte. O último concurso aconteceu em 2005:

 - A Corregedoria tem recebido muitos pedidos de lotação de profissionais de psicologia, mas a crise econômica pela qual o estado passa, impossibilita a convocação de novos concursados. Por isso, nós da administração, temos a plena consciência de que praticamente todas as equipes trabalham com quantitativo de profissionais muito aquém de suas necessidade, o que demanda de todos empenho e dedicação redobrada – disse ele.

O desembargador informou que trabalham atualmente no TJRJ 216 psicólogos e ressaltou:

- Percebe-se, ao longo desses 18 anos de inserção do psicólogo no Poder Judiciário, um reconhecimento crescente acerca da importância de sua atuação no Sistema de Justiça. Para além dos laudos e pareceres, o psicólogo vem contribuindo na elaboração e execução de vários projetos e programas dentro do contexto jurídico. Nesse contexto, frente aos desafios da contemporaneidade, tema deste seminário, faz-se mister a reflexão sobre a prática como forma de aprimoramento profissional, possibilitando-nos um posicionamento ético frente a novos e constantes desafios.

Diva Lúcia Gautério Conde, presidente do Conselho Regional de Psicologia/RJ, lembrou que a profissão de psicólogo foi regulamentada em 27/8, há 55 anos, e que, desde então, a classe atua em diferentes frentes do mercado de trabalho, em todos os setores da sociedade. Diva Conde disse que estão registrados no Brasil 290 mil psicólogos sendo 53 mil no Rio de Janeiro, sendo 35 mil em atividade.

- A escuta psicológica foi estabelecida como rigorosamente privada entre o profissional e quem por ele é ouvido. É um trabalho muito delicado. Foi muito bom termos saído dos nossos consultórios para ficarmos no âmbito social.

A diretora da Divisão de Apoio Técnico Interdisciplinar do TJRJ, Sandra Levy, ressaltou a importância de novas demandas e de como transformá-las além dos laudos e pareceres. A chefe do Serviço de Apoio aos Psicólogos do TJRJ, Patrícia Glycério Pinho, observou:

- É essencial realizar pausas como a de hoje, nesse seminário, para podermos afiar nossas ferramentas de trabalho. Independentemente das dificuldades do dia a dia, há necessidade de uma reflexão permanente. Que possamos continuar a fazer essas pausas com encontros menores. Em breve, divulgaremos a agenda de seminários – prometeu ela, citando, em seguida, Clarice Lispector: “Quem caminha sozinho pode chegar mais rápido, mas quem caminha acompanhado chega mais longe.”

O juiz auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça, Afonso Henrique Barbosa, falou sobre a importância dos psicólogos para o trabalho do magistrado:

- O juiz, pela profissão que exerce, é muito solitário. Muitos não têm ideia da importância das pessoas que podem trazer suporte técnico ao juiz. Os psicólogos, com sua sensibilidade, experiência e conhecimento técnico são fundamentais para que o juiz dê sua sentença que, embora dada por ele, é um trabalho feito por todos. É fundamental que vocês saibam a grande importância que têm para o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

O seminário prosseguiu com conferência do médico, filósofo, pesquisador e professor Joel Birman e apresentação e discussão de temas diversos como Métodos alternativos de solução de conflitos, Justiça Restaurativa: o desafio da construção da paz no campo das infrações penais juvenis, Sexualidade e Gênero no Judiciário, Adoção judicial de filh@s por casais homossexuais: a heterossexualidade em questão e A elaboração de laudos e pareceres no contexto judicial. O Seminário Psicologia e Justiça: Desafios da Contemporaneidade terminou com uma tarde de autógrafos e apresentação de publicações de psicólogos jurídicos.

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