A última reunião zonal de 2017 da Ordem dos Advogados do Brasil/seção RJ foi realizada na manhã de hoje na seccional da Barra da Tijuca com a presença do Corregedor-Geral da Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, e dos juízes auxiliares da Corregedoria Luiz Umpierre de Mello Serra, Luiz Eduardo Canabarro e Leandro Loyola de Abreu. O diretor do Departamento de Apoio às Subseções (DAS) da OAB/RJ, Carlos André Pedrazzi, abriu o encontro observando que o Corregedor- Geral tem sido “um grande parceiro da advocacia e da primeira instância em prol do jurisdicionado e a OAB tem feito a sua parte colaborando com Judiciário.”
– Logo que assumiu o cargo de Corregedor-Geral, o desembargador Claudio de Mello Tavares disse que a Corregedoria estaria aberta para todos os advogados porque o diálogo era fundamental para a prestação do serviço jurisdicional. Agradecemos pela parceria ao longo de 2017. Várias questões foram resolvidas como fruto do diálogo com a Corregedoria. Quero festejar este momento histórico. Vou completar 30 anos de advocacia e nunca tinha visto essa linha de parceria com a Corregedoria.
O Corregedor-Geral da Justiça disse ter recebido com muita alegria o convite da OAB/RJ para que participasse das reuniões zonais:
- Quem conhece os problemas do dia a dia da sociedade são os advogados. Através dessas reuniões tivemos uma experiência muito grande, tivemos um panorama de cada região do estado. A Corregedoria se fez presente em todas as regiões e procuramos resolver todos os problemas que nos foram apresentados. Tudo em prol do jurisdicionado. As demandas cresceram e os desafios cresceram mais ainda. Estamos tentando fazer uma gestão participativa, através do diálogo, e já estamos colhendo os resultados. É a sociedade que vai ser beneficiada– frisou o desembargador.
O presidente da 57ª subseção da OAB/RJ (Barra da Tijuca), Claudio Carneiro Bezerra Pinto Coelho, entregou ao Corregedor o resultado de uma pesquisa feita com cerca de dois mil advogados:
- Procuramos trabalhar em cima de dados concretos para levá-los ao Judiciário. Fizemos a pesquisa, que chamamos “A Voz do Advogado”, e chegamos a dados estatísticos que estamos agora passando, em primeira mão, à Corregedoria. Essa pesquisa estará também disponível na internet tendo sido preservada a identidade dos advogados que dela participaram.
O desembargador falou sobre a importância da pesquisa e observou:
- No passado não havia tantas demandas. Elas cresceram muito, o que mostra que as pessoas confiam no Judiciário. O que temos que fazer, e já estamos colhendo resultados, é reduzir a morosidade. Nas reuniões zonais anteriores, conversamos com os advogados de manhã, e, em seguida, nos reunimos com juízes daquela região. O advogado não tem que acompanhar o processo: ele tem que perseguir o processo. O juiz não pode ficar só em seu gabinete: ele tem que ir ao cartório, tem que cobrar liderança do seu R.E. (responsável pelo expediente), tem que conversar com os serventuários, tem que receber os advogados. Tenho dito aos juízes que, devido à grande demanda, devem dar sentenças sucintas, sem muitas citações doutrinárias. O que a parte quer é ver o seu problema resolvido.
O coordenador do Núcleo de Juízes Auxiliares, juiz Mello Serra ressaltou que a Corregedoria Geral da Justiça tem feito inspeções permanentes em todas as Varas:
- O caminho que o Corregedor-Geral nos deu é o que estamos seguindo e já vemos os resultados: as Varas Cíveis da Capital já estão com 25 mil processos a menos. O Corregedor está determinado a passar a primeira instância a limpo até o final de sua gestão. Ele nos dá esperança de criar, inovar, enfim, nos dá esperança de um Judiciário melhor.
O tesoureiro e presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ, Luciano Bandeira, falou em seguida sobre a importância das reuniões zonais e ressaltou que o objetivo da advocacia é o mesmo do Judiciário: encontrar soluções para os problemas. Também participaram do encontro da manhã de hoje o coordenador da DAS/Capital, Ricardo Menezes; a presidente da OAB Mulher/RJ, Marisa Gaudio; e os presidentes das subseções da OAB/RJ de Santa Cruz, Méier, Leopoldina, Madureira e Campo Grande. As principais reclamações foram em relação à morosidade e à revista de advogados em alguns fóruns. Desde o início do ano, a Corregedoria participou de reuniões zonais (e com magistrados, em seguida) em diversos pontos do Estado do Rio de Janeiro como Barra da Tijuca, Cidade Nova, Alcântara, Rio Bonito, Nova Iguaçu, Volta Redonda, Barra Mansa, Campos, Itaperuna, Angra dos Reis, Rio das Ostras e Macaé.
